Casamento

Missão Vermelha Termina em Casamento (Ou Quase Isso)

Parece que a missão que deu tanta dor de cabeça aos escolhidos para realizá-la terminou com um final feliz, ou quase isso. Como todos sabem, é bem difícil ter uma missão da Divisão 4, quiçá uma da Divisão Lendária, devido ao poder e experiência que os Invocadores dessas Divisões possuem, fazendo com que sejam requisitados apenas em missões de suma importância (e alguns eventinhos de confraternização). E foi bem no começo deste último ano que um grupo de Lendas começou a ganhar fama entre os Invocadores devido às missões que sempre faziam juntos.

Seja você jovem ou velho, tenho certeza que já ouviu falar de Ramim, Lyndis, Fotios, Lushen ou Azcóatl. Essas pessoas possuem muitas histórias para contar após tantas missões executadas juntos, e euzinha aqui também tenho uma para compartilhar com todos: o dia em que todos desafiaram a morte em uma missão vermelha para que no final um belíssimo pedido de casamento fosse feito.

Tudo começou quando esses cinco Invocadores aceitaram pegar uma missão para escoltar um simpático yordle conhecido como Chifre Afiado, pois o mesmo necessitava de bravos e corajosos guerreiros para proteger sua família e a si mesmo durante uma viagem de Águas de Sentina até Ionia. Parecia uma missão fácil para nossos heróis, mas naquela época começaram a surgir estranhas e bizarras criaturas em diferentes pontos de Runeterra, que causaram problemas por muito e muito tempo. Se você nunca trombou com uma dessas criaturas em uma missão, com certeza já ouviu falar delas: shoblins.

Essas criaturinhas diabólicas foram o verdadeiro terror durante muitos meses para o Instituto, e não foi diferente durante essa missão vermelha da Divisão 4, e tudo começando quando as Lendas ainda nem haviam saído de suas próprias casas, pois cada um relatou ter recebido uma carta misteriosa antes do momento em que se encontrariam. O conteúdo das cartas era diferente umas das outras, mas cada uma apresentava informações estranhas, como colocar fogo na casa do protegido pela missão, o próprio Chifre Afiado, e até mesmo que existia um impostor no grupo. O conteúdo dessas cartas foi estranho o suficiente a ponto de nossas Lendas simplesmente ignorarem o que estava escrito ali para que pudessem executar uma boa missão, mas com certeza ficaram com a pulga atrás da orelha durante um bom tempo. Era como se essas cartas tivessem sido escritas pelo próprio inimigo, que até então era desconhecido.

Após essa breve distração, todos se uniram na Toca do Sirinhão e rumaram em direção ao local marcado em um mapa que receberam para a missão. Depois de uma árdua e longa caminhada pelas Ilhas da Chama Azul, o grupo finalmente chegou à uma luxuosa mansão no meio do nada, mas que aparentemente estava vazia. Todos ficaram muito confusos com tudo o que estava ocorrendo e começaram a investigar a casa, tentando assimilar o que aquele lugar tinha a ver com sua missão. E foi aí que as coisas começaram a ficar estranhas e perigosas.

Por estarem extremamente cansados pela longa viagem até a mansão, todos concordaram em descansar por ali mesmo até que pudessem pensar no que fazer, terminar de explorar o local e resolver um certo problema que descobriram… aquela estranha sensação de estarem sendo observados. Nesse momento, enquanto Ramim fazia um belo trabalho protegendo o lugar com seu poderoso elemental invocado, parece que Azcóatl se desentendeu com o mesmo e soltou um estrondoso grito, que pôde ser ouvido a dezenas, talvez centenas, de metros, o que fez com que os inimigos pensassem que era um sinal de ameaça, e foi aí que o pior aconteceu…

Tudo aconteceu rápido demais, mas em um piscar de olhos uma chuva de flechas caiu sobre Ramim, fazendo com que o mesmo se assemelhasse a um ouriço-do-mar devido a tantas flechas que atravessaram seu corpo. De acordo com alguns boatos e registros, até pareceu que Azcóatl tinha feito isso de propósito, devido às rixas que ele tinha com o mago por causa de seu ciúmes doentio com Lyndis. Com tantas dúvidas iminentes, entrevistamos o próprio Ramim para que pudesse nos esclarecer sobre o caso:

“Não acredito que o Azcóatl tenha capacidade de ter feito isso de propósito, ele só não conhece as consequências de seus atos por ser um completo ignorante. Não foi a primeira vez, nem será a última que terei que aturar as ações dele.”, explicou calmamente sobre o assunto, sempre mantendo seu semblante intacto e aparentemente com nenhum ressentimento contra Azcóatl apesar do ocorrido. “Em relação à minha morte, ficou bem claro que se não fosse a ação do ‘barbeiro maluco’, eu não teria que contar com a sorte de ter companheiros competentes.”, Ramim continuou, realmente mostrando o quão honroso ele é.

E como ele disse, seus companheiros foram tudo para ele nesse momento. Lyndis se desesperou ao ver o estado que o corpo de Ramim se encontrava, mas não foi mais rápida que Lushen, que conseguiu levantar Ramim antes que o pior acontecesse, o que se transformou no desespero daqueles que haviam feito aquilo com ele, os endiabrados e desgraçados shoblins. Felizmente estes não duraram muito, pois o arcano se provou um oponente formidável quando não é pego de surpresa, demonstrando isso ao lançar uma avassaladora chuva de meteoros contra seus inimigos, dizimando todos no local, ou foi isso que ele achou…

Ao terminarem de executar as criaturas, o grupo decidiu terminar de investigar o resto da casa o quanto antes, para que não fossem surpreendidos por mais nenhum shoblin. Tal investigação resultou no grupo encontrando o próprio Chifre Afiado em uma sala, que alertou que estava realizando um ritual para invocar o barco que seria utilizado para levá-los até Ionia, e que precisava de silêncio total até que terminasse o ritual, que duraria a noite inteira. A parte do silêncio foi difícil para o grupo devido às diversas interrupções de Azcóatl, que incomodou o contratante em diversos momentos, constantemente o chamando de “Chifre Veado”. O grupo teve que controlá-lo para que parasse, e com isso, após uma noite conturbada com mais alguns shoblins tentando invadir a casa, o ritual finalmente pôde ser completado e todos zarparam rumo à Ionia. O conforto da viagem pôde ser assegurado devido às incríveis habilidades de Fotios, e tirando alguns infortúnios com um peixe maior que a mansão que eles descansaram no dia anterior e que engoliu metade do grupo, todos tiveram uma viagem super tranquila.

Ao chegarem em Ionia, Chifre Afiado passou uma última missão a todos: que executassem todos os shoblins que estavam na floresta para que ninguém mais fosse emboscado, visto o quão traiçoeiras as criaturas eram, e para que ele pudesse realizar mais um ritual. Isso não foi nenhum problema para as Lendas, que dizimaram todos os oponentes com maestria, e foi exatamente nesse momento… Foi exatamente nesse momento que o tal pedido foi feito! Em meio a todo aquele caos, Azcóatl sacou uma caixinha do bolso e pediu Lyndis em casamento, revelando um par de anéis de platina em forma de tentáculos. Talvez por não entender como funcionam esses rituais humanos, ou por não querer constranger Azcóatl na frente de todos, Lyndis aceitou. Ou talvez só fosse amor mesmo. E pelo visto um amor bem enrolado, pois mesmo que essa missão tenha acontecido a tanto tempo, o casamento ainda não foi realizado, fazendo com que os dois ainda sejam apenas noivos! Qual será o motivo de toda essa enrolação? Será que Azcóatl fez isso apenas para manter Lyndis afastada do Ramim? Será que eles pretendem ter filhos? Será que antroplantae podem engravidar? Em meio a esse mar de dúvidas, Lyndis se ofereceu de bom grado para explicar tudo durante uma entrevista:

“Claro que não acho que Azcóatl está me enrolando. Se ele está demorando, é porque está preparando algo grande. Estou bem ansiosa para saber o que ele anda planejando.”, explicou Lyndis, tentando defender as atitudes de seu noivo. “Eu acho que ele gostaria de ter filhos, é natural que ele queira ter uma família e eu também gostaria de saber como é ter uma. Infelizmente não tenho a capacidade de engravidar. Nós antroplantae somos muito diferentes por dentro.”, respondeu a acólita das estrelas ao ser questionada sobre a possibilidade de ter filhos no futuro. “Eu não esperava nada do que aconteceu naquela missão, muito menos me tornar noiva, mas nós conseguimos proteger os yordles e todos saímos vivos. Depois dessa missão tudo começou a ficar melhor, é até difícil achar uma palavra para o quão feliz estou nos últimos meses.”

Após todo esse momento de distração após o fim da missão, o grupo se encaminhou até o barco para informarem que seu trabalho havia sido finalizado, e foi nesse momento que todos descobriram que infelizmente foram deixados para morrer ali na costa, pois Chifre Afiado havia zarpado a muito tempo, e que aquela história sobre um novo ritual era mentira. Tentamos entrevistá-lo para saber seus motivos, mas ele se negou a nos dar detalhes sobre o assunto.

“Eu já estava de saco cheio de todo mundo dali.”, o yordle disse vagamente, tentando expulsar nossa imprensa. “Eu nunca mais quero ver nenhum deles! E nem vocês!”

Que pessoinha adorável, não é mesmo? Felizmente nossos heróis não eram dependentes de sua carona para retornar para casa. Bom, e o que aprendemos com essa missão? Que nem todos os contratantes são um mar de rosas e que eles podem ser um pouco difíceis de se lidar, mas lembrem-se sempre: trabalho é trabalho!

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