Qual o limite de uma luta? Até onde um lutador pode ir para trazer a vitória para casa? E como lidar com a situação no pior dos casos? Bom, essas foram algumas perguntas que o pessoal do Instituto, em especial os responsáveis pela área de Piltover e Zaun, tiveram que se fazer após uma complicada situação que surgiu em uma missão que parecia super simples de se concluir.
Tal missão consistia em arrumar 5 aventureiros bons de briga para confrontar os alunos do dono de um ginásio de luta zaunita, já que estes não pareciam ter o devido desafio apenas com seu treinamento. Eles precisavam de mais! E foi para isso que os aventureiros Gio Van’Ar, Akin, Ekron Oinkie, Bill Bone e Pinky foram encaminhados nesse dia. Como eu disse, uma missão super simples, não? Quem dera também terminasse de um jeito super simples…
Após algumas breves explicações sobre a missão com o Magistrado e professor Utonium no Nexus de Piltover, o grupo seguiu as instruções até o tal ginásio. Ao chegar lá, conheceram o contratante e também responsável pelo local, o treinador Jang, que apresentou o lugar para os aventureiros. Durante o tour, ele também apresentou alguns de seus alunos, os possíveis rivais de cada um dos aventureiros contratados para a missão. Analisando um pouco o perfil de cada um, Jang prezou para que o combate fosse a altura para cada um de seus alunos, escolhendo o aluno certo para o rival certo.
As lutas consistiam em duelos um contra um, com cada um podendo lutar da forma como desejasse, incluindo armas ou não. A todo momento nossos aventureiros temeram caso algo ruim acontecesse, mas o treinador Jang tranquilizou a todos, dizendo que o ginásio tinha uma área médica caso algo ruim viesse a acontecer. Então se seguiu os combates!
Gio e Bill venceram seus rivais majestosamente, sendo bastante honrosos com seus rivais. Já Akin, acabou não superando a força dos alunos de Jang, fazendo com que o placar ficasse 2 a 1 para o Instituto. Mesmo que isso tudo não fosse uma competição, é bom ver que nossos funcionários são poderosos o suficiente para qualquer trabalho. É bom ver que o Instituto está permitindo que as pessoas certas entrem para a organização. Bom… Pelo menos era assim que qualquer um poderia pensar… até Ekron entrar no ringue de batalha.
De acordo com os relatos que obtive, Ekron não levou muito na brincadeira quando seu oponente, B.I.G., o ofendeu com xingamentos que remetiam ao seu peso, fazendo com que Ekron perdesse a cabeça durante a briga. A raiva simplesmente cegou e dominou Ekron por completo, fazendo com que ele não medisse o nível de sua força ao dar o golpe final, bem no pescoço do pobre B.I.G.. Tamanha foi a força que o aluno de Jang não resistiu ao impacto e veio a óbito na hora.
Enraivecidos por assistirem essa atrocidade por um de nossos colaboradores, os outros membros do ginásio partiram para cima de Ekron para impedi-lo de fazer qualquer outra coisa com o corpo de B.I.G., deixando o aventureiro inconsciente. Vendo que as coisas poderiam se tornar um verdadeiro caos, os aventureiros tentaram apaziguar a situação, um trabalho extremamente difícil perante a deplorável cena. Bill foi o que pareceu mais simpatizar com a causa dos alunos, não querendo se intrometer no meio do fogo cruzado.
“Eu vi o Ekron como um ser possuído pela vingança, mas uma vingança egoísta, cativada por um sentimento ruim.” respondeu Bill, quando o questionamos sobre esse momento caótico. “Eu acho errado que meus companheiros o tenham defendido, mas não posso forçar ninguém a mudar sua forma de pensar, pois eu também posso estar errado ao julgar alguém. Me sinto culpado por não salvar a vida dos dois. Entendo que Ekron vivia rodeado de alguns problemas, seus demônios, só pelo jeito que ele via e ficava afetado pelos gatilhos externos. Também me culpo por ter sentido raiva de Ekron mas, como todo monasta, precisava manter o equilíbrio. Me sinto culpado por não ter evitado a morte de B.I.G. e salvado meu companheiro, momentâneo, de realizar aquele ato.”
Ao argumentarmos com Bill sobre que tipo de penalidade Ekron merecia por ter ocasionado essa situação, o aventureiro nos agraciou com suas palavras de sabedoria: “Como um monasta, acredito que quando ele se curar de seus demônios, caso aconteça, a dor que ele sentirá após perceber o que fez já será o seu maior exílio.”
Antes que novas brigas acontecessem no ginásio, e que não faziam parte do treinamento, Jang manda os aventureiros para casa, dizendo que eles poderiam sair sem quaisquer problemas, mas que saíssem imediatamente. Sem exitar nem por um segundo a mais, os aventureiros decidiram ir embora, carregando o pesado corpo inconsciente de Ekron com eles, encerrando o dia de treinamento sem ao menos deixar o pequeno Pinky ter sua oportunidade de batalhar.
“Bem… eu ainda estou bastante abalado pelo que aconteceu.” disse Jang em sua entrevista. “Não me sinto mais como um líder para os garotos… Tenho que acordar todo dia com o peso de saber que minha falta de ação custou a morte de um bom lutador. Sei que falhei como mestre de B.I.G…. Eu deveria ter parado a luta quando vi que ambos os lutadores estavam passando dos limites. No momento, eu imaginei que eles não chegariam ao extremo de se matarem. Pensei que quanto mais a luta seguisse e B.I.G. apanhasse, isso seria uma boa lição para ele, para aprender a respeitar seus adversários.”
É uma pena como Jang deve estar se sentindo no momento, talvez com um pouco de culpa pelo ocorrido, mas como sei que meus assíduos leitores sempre buscam pelas melhores informações, continuamos questionando para adquirir mais sobre o ocorrido. “Não acho que Ekron tenha partido para cima de B.I.G. na intenção de matá-lo. No calor da batalha, falamos coisas que não necessariamente são a nossa intenção. É apenas um modo de extravasar a adrenalina. B.I.G. era o lutador mais casca grossa do meu ginásio, mas também não conheço muito bem esse tal de Ekron. Ele pode ter sido muito mais forte do que eu imaginei. Agora todos do ginásio estão querendo a cabeça de Ekron. Eu estou tentando acalmar meus alunos, mas acho melhor avisar ele para evitar essa área, pelo menos por enquanto.”
Ao tentarmos adquirir mais informações, alguns alunos de Jang nos interromperam durante a entrevista, após o treinador do ginásio ter mencionado algo sobre se aposentar do cargo. Foi difícil entender as vozes que falavam uma por cima da outra, mas por fim, os alunos aceitaram o apelo de Jang para não fazer nada de errado com Ekron. “Você pode conversar com Ekron para que ele possa ser treinado no ginásio, ‘pra’ aprender a lapidar seu potencial e controlar sua raiva” consolou um dos alunos, dando uma chance para o aventureiro enraivecido.
Pelo visto as coisas no ginásio já parecem ter ficado um pouco melhores, já no Instituto… Digamos que elas foram um pouco mais severas. Ao retornarem para o Nexus de Piltover após a infeliz falha da missão, o grupo reportou as atitudes de Ekron para o Magistrado Utonium, que decidiu levar o ocorrido para os seus superiores.
O resultado disso? Ekron será avaliado de perto pelo Instituto em suas próximas duas missões, sendo vetado de quaisquer recompensas e, caso ele saia só um pouquinho da linha, resultará em expulsão!
E agora? Será que Ekron aguentará fazer o menino bonzinho? Será que ele se irritará novamente e matará mais um inocente? Ou será que ele iniciará seu treinamento no ginásio de Jang? Para saber a resposta de todas essas perguntas, não perca as próximas notícias do Jornal da Justiça!