Seita Fanática Busca Invocação de Demônios em Ionia

Seita Fanática Busca Invocação de Demônios em Ionia

Não é tão incomum vermos seitas, cultos e organizações fanáticas espalhadas pelos mais diversos cantos de Runeterra. Em Sentina temos os Buhru, em Shurima temos os seguidores do Imperador, em Freljord temos os Praeglacius, isso sem falar nas teorias da conspiração envolvendo organizações ocultas em Noxus. Em Ionia não seria diferente e por lá isso é até bastante comum, com suas filosofias espirituais de harmonia e equilíbrio. Porém, uma seita bastante radical vem surgindo nas Primeiras Terras, pregando justamente o oposto de harmonia e equilíbrio. Seu nome? Seita da Lua Sangrenta.


Alexander Crown

Noticiando do Nexus de Ionia

São 15:43h da tarde e alguns Invocadores acabaram de voltar de uma difícil missão no interior de Ionia. Cinco deles saíram para a missão, mas apenas quatro retornaram. Os Invocadores Boneco Jeremias, Fuji, Harley, Keyo e Teph foram chamados pela Magistrada Harumi para investigarem uma seita radical que prega uma filosofia doentia de salvação através da morte. Segundo a Magistrada, os Invocadores conseguiram importantes pistas sobre essa seita, além de conseguirem derrotar um terrível demônio invocado no local da investigação, apesar da morte da Invocadora Harley.

Alguns dos Invocadores que retornaram, comentaram sobre a missão, que foi um desafio para todos. Pelos relatos, eles informaram que chegaram no local indicado já à noite, encontrando uma velha igreja que parecia estar abandonada. À princípio, eles não perceberam nada anormal, até que o Invocador Fuji conseguiu verificar a parte de dentro da construção, mas não enxergava nada além de uma densa névoa preta. “Não dava pra ver nada. Era como se uma grande nuvem de chuva estivesse lá dentro.” disse Fuji. “Não só isso, mas a porta parecia selada com magia. Se a Harley não tivesse conseguido quebrar esse selo, acho que não conseguiríamos entrar.” comentou também o Invocador Teph, com pesar em suas palavras.

Depois de conseguirem entrar no lugar, graças às habilidades arcanas de Harley, eles relataram que cada um sentiu algo diferente, mas desconfortante. “Era como se minha mente me lembrasse de uma época que quero esquecer.” aponta Teph. Nenhum outro quis comentar sobre isso. O que quer que eles tenham presenciado, não era nada diante do cenário que se apresentava a eles.

Keyo disse que toda a igreja estava em completa escuridão, mas uma tocha foi suficiente para iluminar parte do local. A arquitetura dela não lembrava muito o que é comum em Ionia, sendo feita de madeira cortada e pedra em suas fundações. Estátuas de anjos com as mãos na frente de seus rostos, como se tivessem o tapando, compunham o cenário. A cada passo, a madeira rangia e seu som ecoava, como se a construção gritasse para que eles saíssem de lá. Mas, como Invocadores, eles simplesmente avançaram, encontrando um altar macabro com um círculo feito de sangue ao redor dele.

Esse altar era feito de pedra, meio rústico. Algumas velas estavam em suas extremidades, mas a peça principal fez com que todos ficassem perplexos: um corpo humano, com o peitoral aberto e seu coração exibido como um troféu. “Ele ‘tava’ inteirão, menor! Fiquei de cara!” disse o Invocador Keyo, falando sobre o coração exposto do corpo. Enquanto alguns contemplavam a morbidez diante deles, a Invocadora Harley avançou para uma área à frente do altar. Todos os outros a acompanharam e em uma breve investigação, descobriram o nome da seita, que se chamava Lua Sangrenta, e também outros documentos a respeito de outras localidades dessa organização.

Durante essa investigação, Harley encontrou um anel. Após uma breve contemplação da peça, ela o colocou. “Essa doida varrida adorou brincar com o anelzinho do capeta. Essas pessoas não se controlam mais hoje em dia. Veem um buraco e já querem logo enfiar o dedo.” disse Jeremias, com total desrespeito com a companheira caída. “Ela agiu estranho depois disso. Se ela não tivesse colocado o anel, pode ser que nada de errado acontecesse…” completou Teph. Todos eles informaram que ela tomou a linha de frente durante a batalha, o que a fez correr um risco desnecessário. Não é comum vermos magos agindo dessa forma, mas parece que ela esbanjava confiança.

Após a investigação, eles ouviram uma voz vindo da entrada da igreja. Um homem estava parado lá. Ele usava uma vestimenta escura, meio simples, mas o que chamava atenção era a máscara em seu rosto. Após uma breve conversa, o homem desapareceu e reapareceu atrás do altar onde o corpo estava. Ao posicionar sua mão no coração exposto do corpo, o órgão começou a se esfarelar, juntamente com o corpo inteiro. Um fogaréu apareceu e um demônio surgiu do meio dele. O homem conseguiu fugir, mas os problemas estavam apenas começando para os Invocadores.

Ao fugir, as portas do local se trancaram e a igreja começou a pegar fogo. “Ele (o homem) simplesmente se transformou em uma sombra e sumiu.” disse Fuji. A partir dali tudo começou a dar errado. O demônio invocado parece ter sido um azakana, pelo que foi informado pela magistrada. Azakanas são demônios de classe menor, os mais fracos na hierarquia demoníaca. Porém, isso não quer dizer que eles sejam de fato fracos em comparação com outras pessoas, como os próprios invocadores puderam presenciar.

A batalha se estendeu em meio ao fogo e fumaça. Em um determinado momento, a invocadora Harley se aproximou do inimigo. O demônio usou algum truque e toda a área ao redor dele ficou em completa escuridão. “Era impossível ver o que estava acontecendo. Era como se uma esfera extremamente densa de escuridão aparecesse lá. Nós só conseguimos ouvir os sons que saiam de dentro dessa esfera.” disse Teph. A batalha continuou, extremamente difícil para todos, mas eventualmente o demônio foi derrotado. Porém, ao derrotá-lo, eles descobriram o destino de sua companheira: Harley havia sido morta pelo demônio enquanto estavam dentro da esfera escura. Keyo tentou ajudá-la, mas foi em vão, ela já estava morta. “Só deu pra fugir, menor! Tinha fogo pra todo lado, a gente só pegou a Harley e saiu ‘vazado’” disse Keyo.

Do lado de fora, vendo a igreja queimar e sucumbir sobre si mesma, eles decidiram honrar Harley como podiam. Cavaram uma cova para ela e Fuji plantou ali uma árvore, como um ato simbólico para lembrarem da companheira que partiu. “Era o mínimo que podíamos fazer… Ela voltou para a terra, de onde todos viemos.” pontuou Fuji. Após isso, eles retornaram ao Nexus de Ionia para reportarem os acontecimentos da missão para a Magistrada.

Segundo a própria Magistrada, as investigações sobre essa seita serão intensificadas e eles serão parados a qualquer custo. “Estamos montando um time para a investigação dessa seita.” ela informou. Parece que o Instituto já tem ciência do modus operandi dessa organização e as próximas missões devem ser mais complexas e objetivas, segundo o próprio Nexus de Ionia.

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